sábado, dezembro 16, 2006

Queda / redução da pobreza 1970 a 2005 (Folha de São Paulo(

quarta-feira, novembro 22, 2006

Linha alaranjada: investimento de brasileiros no exterior. Lina verde: de estrangeiros no Brasil

domingo, novembro 05, 2006

GASTOS DO GOVERNO EM PORCENTAGEM DO PIB

Por que o Brasil cresce pouco

Economista José Márcio Camargo, Folha de São Paulo (íntegra)

Como o país gasta muito com os idosos, sobram poucos recursos para investimento na educação das crianças

"O BRASIL tem carga tributária de Primeiro Mundo e serviços sociais de Terceiro Mundo." Essa frase tem sido dita e repetida por empresários, analistas, políticos, profissionais liberais etc. Não há dúvida de que a carga tributária brasileira, de 38% do PIB, é extremamente elevada. Nesse sentido, a frase está totalmente correta.

Entretanto será que o complemento -"e serviços sociais de Terceiro Mundo"- está correto? E, caso a resposta a essa pergunta seja afirmativa, para onde vai o dinheiro arrecadado?

Comecemos pela pergunta: para onde vai o dinheiro arrecadado pelo Estado?

O governo brasileiro gasta:

13% do PIB com aposentadorias e pensões,
4,5% com educação e
7,5% com saúde.
-------
25% do PIB, ou 68% do total de tributos arrecadados.

Se acrescentarmos:
7% do PIB para o pagamento de juros da dívida pública e
4,25% superávit primário (amortização da dívida)
-------
36,25% do PIB.

Sobra 1,75% do PIB [para chegar em 38%] para investimentos e manutenção dos outros setores (infra-estrutura, segurança, agricultura, ciência e tecnologia etc.). Como esse dinheiro não é suficiente, o governo brasileiro tem déficit anual de aproximadamente 3% do PIB. Portanto para todos os outros setores são destinados 4,75% do PIB a cada ano (o 1,75% que sobrou mais o déficit nominal de 3%).

SÓ CORTAR JUROS NÃO É SUFICIENTE

De todas as rubricas descritas, alguns dirão que o total de recursos destinado ao pagamento de juros está excessivamente elevado e poderia ser reduzido. Entretanto, ainda que seja possível cortar a taxa de juros real à metade, sem gerar inflação, a economia de recursos seria da ordem de 3,5% do PIB. Um valor significativo, mas apenas o suficiente para eliminar o déficit nominal do setor público. Algo adicional teria de ser feito para viabilizar a redução da carga tributária e para ter mais investimentos sem gerar aumento do déficit público e, portanto, sem risco de volta da inflação.

Dos itens descritos, as proporções dos gastos com saúde e com educação estão basicamente dentro da média internacional.

13 % PARA APOSENTADORIA ESTÁ FORA DO PADRÃO MUNDIAL (6% PARA A MESMA PROPORÇÃO DE VELHOS)

Entretanto os gastos com aposentadorias e pensões estão totalmente fora do padrão. O Brasil tem 6,5% de sua população composta de idosos -pessoas com 65 anos ou mais. Países com essa porcentagem de idosos gastam, em média, 6% de seus respectivos PIBs com tal rubrica. Ou seja, gastamos o dobro da média internacional. Países asiáticos, como a China e a Índia, ou não têm nenhum sistema de previdência social (Índia) ou gastam menos de 2% do PIB com a rubrica (China e Coréia do Sul).

Suponha que o Brasil gastasse a média internacional (6% do PIB) com previdência e assistência social [economizaria 7% do PIB (13-6]. Nesse caso, o total de gastos com os setores sociais (previdência [6%], assistência, saúde e educação) seria de 18% do PIB e, mantendo-se os gastos com os demais setores nos mesmos níveis atuais, o total dos gastos públicos, excluindo o pagamento dos juros da dívida, atingiria 22,75% do PIB. O resultado seria um superávit primário de 15,25% do PIB (38% menos 22,75%), o que geraria uma queda dramática dos juros da dívida pública.

Suponha que, diante desse cenário, os juros reais possam cair para 3% ao ano, levando o gasto com juros para 2,5% do PIB [economizaria mais 4,5% (7-2,5)]. Nesse caso, o superávit nominal seria de 12,75% do PIB. Nesse cenário, o governo poderia reduzir a carga tributária em 6 pontos percentuais do PIB e, ao mesmo tempo, aumentar os investimentos em infra-estrutura, segurança, educação etc. em 6,75 pontos, preservando o equilíbrio das contas públicas. Suponha, finalmente, que da queda da carga tributária de 6 pontos, 2 pontos sejam convertidos em investimentos pelo setor privado. Nesse caso, teríamos aumento da taxa de investimento da ordem de 8,75 pontos do PIB, o que elevaria a taxa de investimento total de 20,5% para 29,25% do PIB, permitindo à economia crescer de forma sustentada a taxas acima de 6% ao ano. Portanto, ao contrário do que a afirmativa sugere, nosso sistema de aposentadoria e assistência social é muito mais generoso que o de qualquer país do Primeiro Mundo. O resultado é que gastamos muito com nossos idosos e sobra pouco para ser gasto com a educação de nossas crianças, com segurança, com infra-estrutura e com investimentos em geral. O Brasil gasta 15 vezes mais (em termos per capita) com aposentadorias e pensões do que com a educação de nossas crianças. A lição é simples: para reduzir a carga tributária e aumentar as taxas de investimento e de crescimento é indispensável uma drástica reforma do sistema de previdência e assistência social. Sem tal reforma, vamos pagar cada vez mais tributos e crescer pouco.

JOSÉ MÁRCIO CAMARGO é professor do Departamento de Economia da PUC-RJ e sócio da Tendências Consultoria Integrada.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quem paga imposto - Folha de SP


São Paulo foi o estado que teve o maior volume de arrecadação de tributos em 2005, com R$ 148,73 bilhões, ou 40,85% do total. Em seguida, veio Rio de Janeiro, com 22,48% do total. Minas Gerais está na quarta posição, com R$ 19,4 bilhões do total arrecadado no ano passado, ou 5,33% do total.LEIA MAIS AQUI ou ALI

Brasil menos que outros países - 1996 a 2006

terça-feira, outubro 24, 2006

Gastos do governo - Folha de S.Paulo, 24-10-2006

domingo, outubro 22, 2006

Transações de bens e serviços - Folha, 05/03/2006

Previsão de crescimento p/ América Latina (Folha de 211006) - Brasil só não perde para o Haiti em guerra civil!

sábado, outubro 21, 2006

A tabela acima (elaborado por Amir Khair e Nelson Barbosa) mostra o valor real do salário mínimo, deflacionado pelo IPCA de 1980 a 2006

sábado, setembro 23, 2006

RENDA DO TRABALHO

1960- 50,5 % do PIB
1980- 50,0 %
2000 - 37,1 %

"Estamos aqui discutindo a desigualdade pessoal de algo que representa pouco mais de um terço da renda nacional", diz Marcio Pochmann. Segundo ele, em 1960, a renda do trabalho -de empresários, autônomos e assalariados- representava 50,5% do PIB. Em 1980, o índice caiu para 50%. Em 2000, essa fatia tinha diminuído para 37,1% da renda nacional."A Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE] está concentrada na renda do trabalho. Não consegue medir de forma precisa outras formas de renda, como a do aluguel, dos juros, do capital e da terra", diz Pochmann. Se considerados esses fatores, argumenta, 78% da riqueza nacional está nas mãos de 10% da população. Para ele, a Pnad não é capaz de avaliar a renda dos ricos. "A renda média dos 10% do extrato superior é de R$ 3.600. Ou seja, é a renda da classe média assalariada." Segundo ele, os ricos não aparecem nessas estatísticas. Leia mais na Folha de 23/09 ou aqui

POBREZA - 1992 A 2005 (Folha de SP, 23/09/2006)

segunda-feira, setembro 18, 2006

Folha de São Paulo - Cotidiano - 18/09/06
Diploma é raro até em cargos de chefia
Apenas 27 % dos dirigentos e gerentes do setor público e privado fizeram curso universitário
Pesquisa feita pelo Instituo Observatório Universitáro
CRESCIMENTO DO PIB, por atividade (agricultura, indústria, serviços, exportação, importação, consumo das famílias, consumo do governo, capital fixo). Os dados de 2006 são previsões.

domingo, agosto 27, 2006

DESEMPREGO - 2003 A JUL/2006

Carga tributária de 2001 a 2005

quinta-feira, junho 01, 2006

BRASIL: TAXA DE CRESCIMENTO DESDE 1961

O NÚMERO DEPOIS DO NOME DO PRESIDENTE INDICA A PORCENTAGEM DO CRESCIMENTO BRASILEIRO EM RELAÇÃO AO CRESCIMENTO MUNDIAL. SE FOR MENOR QUE CEM INDICA QUE O BRASIL CRESCEU MENOS QUE O MUNDO
JOÃO GOULART (105,7%)
1961 - 8,6
1962 - 6,6
1963 - 0,6
CASTELLO BRANCO (70,7 %)
1964 - 3,4
1965 - 2,4
1966 - 6,7
COSTA E SILVA (132,6 %)
1967 - 4,2
1968 - 9,8
EMILIO MÉDICI (217,6 %)
1969 - 9,5
1970 - 10,4
1971 - 11,3
1972 - 11,9
1973 - 14,0
ERNESTO GEISEL (216,8 %)
1974 - 8,2
1975 - 5,2
1976 - 10,3
1977 - 4,9
1978 - 5,0
JOÃO FIGUEIREDO (93,7 %)
1979 - 6,8
1980 - 9,2
1981 - (-4,3 NEG)
1982 - 0,8
1983 - (-2,9 NEG)
1984 - 5,4
JOSÉ SARNEY (114,8 %)
1985 - 7,8
1986 - 7,5
1987 - 3,5
1988 - (-0,1 NEG)
1989 - 3,2
FERNANDO COLLOR (-57,8 NEG DECRESCEU!)
1990 - (-4,3 NEG)
1991 - 1,0
1992 - (-0,5 NEG)
ITAMAR FRANCO (216 %)

1993 - 4,9
1994 - 5,9

FERNANDO HENRIQUE (82,6 %)
1995 - 4,2
1996 - 2,7
1997 - 3,3
1998 - 0,1
1999 - 0,8
2000 - 4,4
2001 - 1,3
2002 - 1,9

LULA DA SILVA (68,7 %)
2003 - 0,6
2004 - 4,9
2005 - 2,3


FONTE: IPEADATA, IBGE, BANCO MUNDIAL E FMI (REVISTA PRIMEIRA LEITURA DE ABRIL06)

quarta-feira, maio 31, 2006

BRASIL: UMA DÉCADA COM OS JUROS MAIS ALTOS DO MUNTO

EM FINANÇAS, O QUE IMPORTA É O JURO REAL, OU SEJA, O VALOR QUE ULTRAPASSA A INFLAÇÃO.
JURO REAL = JURO NOMINAL MENOS INFLAÇÃO.

TAXAS (%) DE JURO NOMINAL E JURO REAL NO BRASIL/TAXA DE INFLAÇÃO:

1995
juro nominal:..53,1
juro real.........25,1
inflação..........22,41 (2477,15 % em 93....916,46% em 94)
1996
juro nominal:..27,4
juro real.........16,3
inflação............9,56
1997
juro nominal...24,8
juro real.........18,6
inflação.......... 5,23
1998
juro nominal...28,8
juro real.........26,6
inflação...........1,66
1999
juro nominal..25,8
juro real........15,3
inflação..........8,94
2000
juro nominal...17,6
juro real.........10,8
inflação...........5,97
2001
juro nominal..17,3
juro real..........9,0
inflação...........7,97
2002
juro nominal: 19,2
juro real..........5,9
inflação.........12,53
2003
juro nominal..23,3
juro real........12,9
inflação..........9,30.
2004
juro nominal:..16,4
juro real.......... 8,0
inflação............7,6
2005
juro nominal..19,1
juro real........12,7
inflação...........5,69
2006 (previsão)
juro nominal: 15,3
juro real.....: 11,3

Fontes: Banco e Central e Credit Suisse (Publicado na Revista Primeira Leitura de abril 2006)

sábado, maio 27, 2006

ELEITORES POR FAIXA DE SALÁRIO MÍNIMO - FOLHA DE SÃO PAUO DE 27/05/06

REPRESENTAÇÃO DO ELEITORADO NACIONAL:
RENDA FAMILIAR EM SALÁRIOS MÍNIMOS
50 % - ATÉ 2 SM
33 % - 2 ATÉ 5 SM
17 % - MAIS DE 5 SM